Notícias

No semiaberto, Suzane Richthofen é autorizada a cursar faculdade

Suzane Von Richthofen, que recebeu pena de 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, recebeu autorização da Justiça para cumprir regime semiaberto e cursar faculdade. A decisão liminar foi assinada na última sexta-feira, 10. Ela foi aprovada no curso de Farmácia da faculdade Anhanguera, no município de Taubaté, em São Paulo.

Suzane conseguiu entrar na instituição de ensino através da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo informações do portal G1, as aulas são ministradas no período noturno. Segundo a autorização da Justiça, ela deve começar a frequentar as aulas imediatamente, pois o período letivo já foi iniciado.

A princípio, o Ministério Público teria dado parecer contrário à decisão, tendo em vista que a segurança da detenta não poderia ser garantida. A decisão da Justiça, no entanto, declara que Suzane cumpre todos os requisitos para iniciar os estudos. Em nota ao portal G1, a faculdade Anhanguera declarou que "a matrícula da aluna foi autorizada pela Justiça e esclarece que oferece a todos tratamento igual, conforme determina a legislação brasileira”.

Suzane cumpre pena em regime semiaberto na P1 de Tremembé. Ela obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015. A detenta pode deixar a unidade para trabalhar ou estudar, também precisando de autorização da Justiça.

Essa não é a primeira investida de Suzane no ensino superior. Em 2016, tentou frequentar as aulas do curso de Administração em uma universidade particular. Com medo do assédio fora da prisão, ela pediu à Justiça para fazer o curso online. Por falta de recursos tecnológicos no presídio, o pedido foi negado. Em 2017, foi aprovada novamente em Administração, também em uma instituição de Taubaté. Ela foi contemplada com o financiamento do Fies, mas não chegou a concluir a matrícula.

No ano passado, Suzane foi aprovada pelo Sisu, ainda, no curso de Gestão de Turismo , no Instituto Federal de Campos do Jordão (SP). Apesar de ter se matriculado, não chegou a cursar as aulas por não ter sido autorizada pela Justiça para deixar o cárcere.

Fonte: www.opovo.com.br